Há tempos o loot box (caixa de recompensas), vem causando controvérsias. Para alguns países, como a Bélgica, os loot boxes são classificados como jogos de azar e isso forçou as distribuidoras a remover todas elas dos jogos vendidos no país. O termo é usado para definir caixinhas que dão itens aleatórios dentro de jogos específicos, que podem ou não ajudar o jogador.
Tais recompensas são bastante atraentes aos olhos de quem está no controle. Para as produtoras, a funcionalidade rende muito dinheiro e faz com que os jogadores voltem todos os dias, gerando uma espécie de compulsão. Assim, a tendência é repetir a abertura dessas caixas por várias vezes até o dinheiro acabar.
Agora, a ANCED (Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente) entrou com sete ações judiciais contra empresas que desenvolveram games com “Loot Boxes“, cobrando uma indenização por danos morais coletivos e individuais de, no mínimo, R$ 1,5 bilhão para cada empresa, o que pode chegar até R$ 19 bilhões. Além disso, a ação propõe que essas mesmas empresas paguem R$ 1 mil por danos para cada criança ou adolescente que comprovadamente foi vítima da prática considerada ilegal.
Para a ANCED, o sistema de caixas de recompensas é semelhante aos sistemas de cassinos por oferecer prêmios aleatórios, baseadas na sorte. Portanto, ele se enquadraria como um jogo de azar, o que é proibido no Brasil. É exigido também que as distribuidoras que estão sendo processadas, parem de hospedar jogos com loot boxes em suas plataformas.
E afinal, que empresas estão sendo processadas? Pois bem, aqui estão os nomes: Sony, Microsoft, Google, Apple, Garena, Nintendo, Konami, Riot Games, Tencent, Ubisoft, Valve, Electronic Arts e Activison Blizzard.
Veja na íntegra o comunicado da Associação: https://www.ancedbrasil.org.br/anced-entra-na-justica-pedindo-proibicao-de-sorteios-ilegais-em-jogos-eletronicos/
Mas que problemão, hein? Vamos continuar acompanhando o desenrolar dessa história…
