Muito tem se falado durante a semana do acordo gigantesco feito por parte da Microsoft ao adquirir a Bethesda, onde assimila a Zenimax inteira a Xbox Game Studios, isso tem sido bem recebido por boa parte da comunidade e assinantes do Game Pass, mas outros estão com medo, justamente porque grandes fãs de RPG teriam aparentemente que comprar o console da empresa “rival”, eu falo isso por experiência própria, tenho um grupo de amigos no whatsapp que são grandes fãs de Fallout, muitos tem Playstation, uma notícia que nem essa, caso os jogos venham a ter exclusividade, vai pesar com toda certeza.
Foram mais de 6 estúdios considerando os mobile e suporte, dentre eles grandes Ip’s, tecnologias e toda uma cadeia de publicação herdada, é muito mais do que uma empresa de jogos.
A Microsoft sem sombra de dúvidas está com uma visão além, Game Pass quebrando barreiras, se tornando algo essencial para a vida de qualquer gamer no mercado, está se tornando algo em um patamar que não vejo qualquer pessoa que não pudesse ser agraciada com o serviço.
A forma como conhecemos a distribuição de jogos está mudando drasticamente, justamente porque agora a Microsoft não precisa se preocupar com vendas de jogos tendo um serviço assim, a empresa está com uma visão estilo Disney, onde você concentraria grande parte do que há de melhor do mercado em seus serviços e produções…Disney lançando filmes no Disney+, o serviço fazendo mega sucesso e o Game Pass não fica muito atrás, em poucos meses saiu de 10 milhões de assinantes para 15 milhões. Agora imaginem uma realidade de 50/60 milhões pagando algo relativo a 10 dólares mensais no serviço, variando tanto para mais quanto para menos, em termo de valor bruto a Microsoft tem um potencial de chegar a uma arrecadação de meio bilhão por mês só com o Game Pass, mas a questão é que o potencial do serviço é ilimitado.
E com isso chegamos na grande questão, mas e as exclusividades dos jogos?
O grande motivo muitas vezes para jogos ficarem como multiplataforma seria justamente a renda/vendas, mas nesse caso a Microsoft não precisa se preocupar com isso justamente pelo potencial do serviço descrito acima.
A grande jogada nesse caso, foi a valorização da plataforma como um todo, adicionando grandes jogos do mercado como seus, o motor gráfico usado pela Id Software, a tecnologia Orion para facilitação de port de jogos para streaming, ajudando bastante no xCloud e toda uma cadeia de publicação da Bethesda Softworks que pode ajudar como um todo a Xbox Game Studios como publisher.
Só que, parando para pensar friamente, porque a Microsoft compraria tudo isso para colocar todos os jogos em outras plataformas?
Não teria sido muito mais fácil ela só pagar pelos lançamentos no Game Pass? Mas não, a Microsoft comprou a Zenimax, comprou esse grande conglomerado. A menos que algum jogo hoje da Bethesda não tenha suas burocracias de publising/plataformas definidas por contrato antes da aquisição pela Microsoft, acharia muito difícil termos como um todo jogos saindo em outras plataformas além de Xbox, PC e xCloud, algo que vale ressaltar hoje, o mercado de games mobile tem potencial de atingir um publico consumidor de +/- 1.5 bilhões de pessoas, diferente de consoles que fica restrito a quem comprou.
Fica a reflexão, a nossa forma de interpretar games vai mudar, assim como a nossa forma de interpretar músicas e filmes mudou. Vendas se tornam irrelevantes perto do potencial de ganho constante mensal, justamente porque após um boom de vendas em um lançamento de um jogo, a renda continua igual?
Aí que é o pulo do gato dos serviços, Game Pass definitivamente é o futuro.
