Call of Duty: Modern Warfare II – Análise

O novo Call of Duty: Modern Warfare II já está disponível no mundo inteiro, agora chegou o momento de conferir a nossa análise completa do game que tem a importante missão de levar a franquia a outro patamar, agora com a nova geração de consoles, e honrar o nome Modern Warfare que pertence à uma das trilogias mais elogiadas e consagradas dos jogos de tiro.

Será que o recém lançado Modern Warfare II vai superar seu antecessor de 2019, e principalmente, manter o mesmo nível de qualidade do Modern Warfare 2 original, lançado em 2009?

O modo campanha do mais novo capítulo da franquia anual Call of Duty chegou no dia 20 de outubro, de maneira antecipada para todos que fizeram a compra do game durante a pré-venda, para Playstation 4, Playstation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC’s, através da Battle.net e da Steam e é uma continuação direta aos eventos de Call of Duty: Modern Warfare, lançado em 2019.

O reboot da saga estreou o mais novo motor gráfico da franquia, que era bastante criticado por não conter gráficos tão realistas e ser o mesmo desde Call of Duty 4: Modern Warfare, lançado em 2007 para a geração do PS3 e do Xbox 360. Com isso, a Infinity Ward, criadora da franquia Modern Warfare, optou por trazer temas mais realistas, ao mesmo tempo que mostra um lado mais pessimista e os verdadeiros horrores da guerra, tratando o tema com maior delicadeza e abordando assuntos que muitas vezes Hollywood prefere substituir com a figura do herói americano.

História

Em Modern Warfare II acompanhamos a história da equipe Task Force 141 (sim, a mesma da trilogia original e novos personagens), formada pelo Capitão Price, Simon “Ghost” Riley, John “Soap” MackTavish, Kyle “Gaz” Garrick e Alejandro Vargas. Apesar de carregar o mesmo nome do título de 2009, Modern Warfare II traz uma história completamente inédita para a franquia, mudando diversos aspectos do original e introduzindo até mesmo cartéis de drogas. Vale reforçar que o jogo tem uma cena pós-créditos que vale a pena para os fãs antigos da trilogia.

Porém, existem algumas referências para aqueles que jogaram o MW2 de 2009 e é notável que a Infinity Ward está seguindo um caminho diferente, apenas se baseando no núcleo principal da trilogia original, o que já adianta possíveis acontecimentos um eventual Modern Warfare III no futuro.

O game também trouxe referências para o Call of Duty 4: Modern Warfare, como um capítulo onde jogamos com snipers camuflados de folhas e temos que invadir uma instalação de maneira furtiva, uma clara referência à missão All Ghillied Up, do jogo de 2007.

As maiores mudanças, que inclusive foram muito bem vindas, são um maior destaque para personagens clássicos como Ghost e MacTavish, o que facilita na criação de um vínculo entre os membros da Task Force e até mesmo com o jogador, novos personagens também carismáticos e a desamarra de precisar imitar o Modern Warfare 2 original em todos os momentos, o que dá uma liberdade para o jogo inovar tanto na história, quanto na gameplay.

Mecânicas, inovações e problemas

A Infinity Ward trouxe melhoras significativas para a gameplay de Modern Warfare II se comparado ao seu antecessor de 2019, como o “Dolphin Dive”, salto em que o personagem dá um mergulho no chão, e a nova mecânica de natação presente no jogo. Além disso, as missões são relativamente mais criativas e bem distribuídas, contando com missões em que o protagonista pode dirigir veículos e até mesmo pular dele para outros e também, em uma referência ao Modern Warfare 2 original, uma missão em que controlamos um AC-130.

Novas adições também foram implementadas, e é aí que começam alguns dos problemas do game. Modern Warfare II trouxe um novo sistema de escolhas de diálogos, missões com veículos, um sistema novo de crafting de equipamentos e até mesmo cofres escondidos nas missões, mas nada disso é aprofundado ao longo da campanha.

As opções de diálogo são vistas pouquíssimas vezes e não mudam nada no enredo, apenas nos levam a algumas falas diferentes. Outro ponto são os cofres, existem apenas 3 no total e não te recompensam de maneira efetiva, servindo mais para quem quer pegar todos os troféus ou conquistas do jogo. E por fim, o sistema de crafting que é utilizado basicamente em duas missões, foi uma adição bastante interessante mas não teve um aprofundamento maior, o que pode ser corrigido no futuro da saga.

Sobre a dificuldade, a inteligência artificial está bastante ameaçadora no modo veterano, é comum sofrer headshots instantâneos, pré fires, granadas por todo o lado e inimigos com colete a prova de balas com uma vida maior do que os comuns, a aventura está mais difícil que seus antecessores, e ainda conta com o modo realista que promete ser mais ameaçador. A inteligência artificial inimiga não perdoa, mas os aliados são praticamente postes que mal te ajudam, deixando a aventura ainda mais difícil. 

Um dos problemas que tive durante a jogatina foram alguns checkpoints ruins em partes de tiroteio, o que dificultava um pouco quando eu renascia, alguns crashes no geral e um problema sério de crash na missão Dark Water. Provavelmente o problema será resolvido, mas durante a jogatina eu tive que reiniciar a missão do zero para que a mesma pudesse abrir. Contatei outras pessoas e muitas relataram o mesmo problema que eu na missão Dark Water.

Modo Multiplayer e Cooperativo

Sem dúvidas o modo mais jogado e aguardado pelos jogadores é o modo multiplayer. Modern Warfare II traz um multijogador muito parecido com o título de 2019, porém com algumas mudanças na gameplay, novos mapas, armas e operadores e também novos problemas.

Um ponto importante é que o modo multiplayer sofre alterações ao longo de sua vida útil, o que significa que problemas atuais podem ser consertados no futuro, e isso normalmente acontece. Call of Duty é moldado com base no feedback dos jogadores, e isso é um ponto extremamente positivo para a franquia.

A interface de usuário é muito confusa, o que é estranho já que as interfaces de jogos anteriores eram mais simples e práticas. Outro ponto que incomoda são os bugs, que serão consertados ao longo do tempo, mas devem ser mencionados. Os mais frequentes são crashes durante os loadings e problemas com o botão start dentro das partidas.

No geral, o multiplayer não sofre grandes alterações e mantém uma linha já conhecida e muito querida pelos fãs da franquia. Sempre trazendo inovações que podem, ou não, serem bem-vindas, mas que mantém suas raízes e a fórmula clássica que tanto faz sucesso.

No lançamento, Modern Warfare II não trouxe um modo de partidas ranqueadas ou torneios, o que pode e deve ser alterado em um futuro próximo com atualizações. O sistema de progressão se mantém o mesmo dos últimos anos, contando com cross progression e crossplay entre as plataformas.

O modo multiplayer estreou com 9 modos clássicos:

  • Mata-mata em equipe;
  • Contra Todos;
  • Dominação;
  • Localizar e Destruir;
  • Quartel-general;
  • Baixa confirmada;
  • Zona de conflito;
  • Resgate de prisioneiros ;
  • Nocaute;

2 de larga escala:

  • Guerra Terrestre;
  • Invasão;

Já o modo cooperativo chegou com 3 mapas e com um sistema de “kits”, que funcionam como classes, divididas entre Assalto, Médico e Reconhecimento. Cada classe possui habilidades únicas, agradando perfis diferentes de jogadores.

Conclusão

Call of Duty: Modern Warfare II funciona como uma grandiosa expansão de seu antecessor de 2019, pegando tudo o que foi criado e expandindo ainda mais, seja com a campanha, o modo multiplayer, seu modo cooperativo e até mesmo o modo Warzone 2.0 que está previsto para ser lançado gratuitamente em novembro.

Possui um enredo que cada vez se distancia mais da trilogia original, apesar de conter referências e uma certa amarra com o enredo, já que temos alguma ideia do que está por vir nos próximos capítulos. Gráficos e cenários de tirar o fôlego, experiência sonora muito promissora e personagens ainda mais memoráveis que o jogo anterior.

Seu multiplayer não arrisca tanto e traz uma experiência muito parecida com Modern Warfare de 2019, com novas adições, mapas, armas e operadores. No geral, é tudo aquilo que um fã da franquia já espera receber.

Modern Warfare II é um dos melhores jogos de tiro, e até mesmo uma das melhores campanhas de “CODs” da nova geração desde Modern Warfare 2019, trazendo experiências únicas e levando a franquia para outro nível de realismo, diversão e imersão que a franquia já levou anteriormente. É uma experiência que vale a pena e que promete durar cerca de dois anos, pela primeira vez na história da franquia, que é anual.


Bruno “DarkHunter Rebello
Computador (PC)

Call of Duty: Modern Warfare II foi gentilmente cedido pela Activision para a realização desta análise.

Esta review representa a nossa opinião diante de tudo o que vimos e experimentamos, sabemos que cada pessoa possui opiniões diferentes em alguns aspectos, por isso sempre encorajamos que todos experimentem e tirem as suas próprias conclusões.

PONTOS POSITIVOS:

◆ Acompanha dublagem completa em Português do Brasil;
◆ Personagens antigos com maior destaque;
◆ Novas mecânicas de gameplay;
◆ Gráficos de tirar o fôlego;

PONTOS NEGATIVOS:

◆ Campanha relativamente curta;
◆ Novas features com pouca ou nenhuma profundidade e mal utilizadas;
Jogabilidade
8.5
Aspecto Visual
10
Aspecto Sonoro
9.5
Dificuldade
9.0
História
8.5
Diversão
8.0

Sobre o autor

Bruno Rebello
Bruno Rebello
Amante dos games, cultura Geek e tecnologia. Também sou jornalista, skatista, rockeiro, caçador de troféus e conquistas e nas horas vagas, eu participo do Conselho da Ordem Jedi.

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<b>PONTOS POSITIVOS: </b><BR> <BR>◆ Acompanha dublagem completa em Português do Brasil; <BR>◆ Personagens antigos com maior destaque; <BR>◆ Novas mecânicas de gameplay; <BR>◆ Gráficos de tirar o fôlego; <br><br> <b>PONTOS NEGATIVOS: </b><BR> <BR>◆ Campanha relativamente curta; <BR>◆ Novas features com pouca ou nenhuma profundidade e mal utilizadas;Call of Duty: Modern Warfare II - Análise